terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sugestão de Planejamento Anual para o Ensino Fundamental II

PROFESSOR: LUCIVAL SANTOS

JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA:

Durante o século XIX e parte da primeira metade do século XX, a história narrativa e empírica foi à tônica das concepções historiográficas e dos estudos da área. Dentro dessa linha, duas preocupações básicas eram levantadas: a História dos povos deveria ser escrita como realmente aconteceu; as épocas e os indivíduos tratados deveriam ser vistos pelos olhos de seu próprio tempo, num grande esforço de objetividade. Essa concepção de história ficou conhecida como Positivismo Historicista. Tal tendência pretendeu imprimir à história um caráter cientifico equivalente ao das chamadas Ciências Exatas. Contudo, ainda nas primeiras décadas do século XX, em vários países da Europa, começa um movimento em sentido contrario a esse modelo historiográfico, visto como meramente político e factual.
Contrariando essa forma de ver a História, surge na França em 1929, a revista Analles, fundada por Marc Bloch e Lucien Febre, que defendem uma história total, onde toda a sociedade estivesse representada com suas emoções, paixões, medos, etc. A próxima geração dos Anais do final da década de 40, tem em Fernand Braudel seu maior expoente. Será Braudel o responsável pela introdução dos conceitos de longa e curta duração, numa afirmação de que na História, o tempo não é homogêneo, ou seja, certos fenômenos se transformam rapidamente, outros se arrastam por milênios.
No inicio dos anos 60, uma terceira geração dos Anais, marcada tanto por Bloch, Febre e Braudel vai preocupar-se, sobretudo com aqueles fenômenos que mudam pouco, como por exemplo, o sexo, as práticas mágicas, o medo, a morte, etc. È essa tendência que se costuma chamar de Nova História.
Fora da França, essa tendência historiográfica sofreu diferentes influências e adaptações. Na Inglaterra, por exemplo, se desenvolveu uma historiografia do cotidiano e das práticas sociais que busca inspiração tanto na Antropologia Britânica do séc. XIX quanto na concepção marxista e socialista defendida por Thompson, e Eric Hobsbawm.
Rejeitando o Positivismo Historicista, que marcou o ensino de História no Brasil a partir das novas discussões a cerca do ensino de História, os métodos tradicionais de ensino foram questionados, buscando alternativas que levassem o aluno a construção do conhecimento histórico na sala de aula. Busca-se romper com métodos de ensino baseado na leitura de livros didáticos e incorporar o cinema, a música, a literatura no ensino de História como linguagens alternativas para se construir o conhecimento histórico. Na década de 90 surge a preocupação com a incorporação das Tecnologias da Informação tanto no curso de formação de professores quanto nas escolas de Nível Fundamental e Médio.
Buscando inspiração na linha marxista, sem deixar de lado o cotidiano, o ensino de História na escola Arvoredo, privilegia a contextualização da História do Brasil e da América no cenário da História Ocidental, concentrando esforços em uma metodologia que se preocupa, sobretudo, em possibilitar ao aluno meios para relacionar a história com o mundo que o cerca, atuando como sujeito histórico ativo, que valoriza seu passado e vê o presente de um ponto de vista crítico-reflexivo.
Para que a concepção de história aqui descrita se efetive na prática e os objetivos como o de formar indivíduos críticos, observadores da realidade e capazes de transformá-la, sejam alcançados, faz-se necessário que o ensino de História no cotidiano da sala de aula, esteja sustentado na discussão e no debate, na utilização de textos que privilegiem análise e a crítica, pela aplicação do método dialético na analise de fatos históricos, pelo exercício de habilidades como a de fazer investigações e estabelecer relações e pelo incentivo de produção de trabalhos individuais e coletivos. È imprescindível que o professor trabalhe os temas transversais e desenvolva sua prática num foco interdisciplinar.
Nesta perspectiva, noções de espaço, de territorialidade, conceitos de Estado, de minorias, pertinentes a outras áreas do conhecimento, também devem ser integrados aos estudos de História. Da mesma forma que temas, antes considerados como pertencentes a área das chamadas Ciências Naturais ou de Ciências Exatas, e apenas discutidos por elas, como por exemplo, meio ambiente e saúde, origem do universo, evolução do homem, e outros podem estar presentes nas aulas de História. A proposta é quebrar o paradigma de considerar esse ou aquele conhecimento como monopólio dessa ou daquela disciplina, e não perder de vista a oportunidade de demonstrar ao aluno que o conhecimento é produzido na escola como um todo, de forma integrada.


OBJETIVO GERAL DA DISCILPINA

Compreender que a História é uma construção coletiva em que todos os sujeitos têm um papel importante e suas ações são relevantes para uma participação consciente na transformação da sociedade e do mundo em que vivem. Reconhecendo que o conhecimento histórico é construído por meio da investigação e do confronto de opiniões, não pela memorização e reprodução de idéias.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

• Compreender que a História é um processo em construção, não uma disciplina do passado;
• Comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência anterioridade, posterioridade e simultaneidade;
• Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas de periodização do tempo cronológico, reconhecendo-as como construções culturais e históricas;
• Construir a identidade pessoal, social, cultural e nacional na dimensão histórica, considerando simultaneamente o papel do individuo nos processos históricos, tanto como sujeito quanto como produto dos mesmos;
• Reconhecer algumas semelhanças e diferenças sociais, econômicas e culturais, de dimensão cotidiana, existentes no seu grupo de convívio escolar e na sua localidade;
•Reconhecer algumas permanências e transformações sociais, econômicas e culturais nas vivências cotidianas das famílias, da escola e da coletividade, no tempo, no mesmo espaço de convivência;
•Explorar os conteúdos estudados comparando problemáticas atuais e de outros momentos históricos;
• Identificar alguns documentos históricos e fontes de informações discernindo algumas de suas funções.
• Caracterizar o modo de vida de uma comunidade indígena que vive ou viveu na região, distinguindo suas dimensões econômicas, sociais, culturais, artísticas e religiosas;
• Compreender que somos diferentes e que respeitar as diferenças é necessário para o convívio social;
• Perceber que as coisas estão em constante transformação, isto é, que tudo muda com o passar do tempo.
• Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas conseqüências em diferentes espaços e tempos;
• Construir referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões socioambientais locais;
• Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços técnicos e tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas decorrentes de conflitos e acordos em os homens em diferentes tempos e espaços;
• Construir uma cidadania plena e ativa, no sentido de conquistar novos direitos e novos espaços dentro da sociedade.


PROGRAMA DA DISCIPLINA - 6º ANO

CONTEÚDOS

I SEMESTRE

Projeto: Por que estudar História?

Apresentação: Estudar História é descobrir e apropriar-se do resultado da ação dos homens no tempo e no espaço, que se transforma em realidade concreta individual e social. Essa realidade, para a História, forma o passado. Esse passado é experimentado – no presente – como algo a ser conhecido, entendido, explicado. Por quê? Para alcançar-se uma compreensão adequada do presente. Para quê? Para entender o conjunto da realidade social humana e projetar a ação presente e futura.

I BIMESTRE

Introdução aos estudos históricos
Do Mito a História
- Explicações do mundo por meio da crença
- História enquanto ciência
Conceitos básicos para compreensão da História
- O que é história? Qual seu objeto de estudo enquanto ciência?
- O trabalho do historiador, fontes ou documentos históricos
- Sujeito histórico, sociedade, civilização
- Poder, sistemas de governo
Divisão da História
Tempo na História
- Cronologia (anos, décadas, séculos e milênios/ calendário)
- Períodos históricos (Pré-história, Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna, Idade Contemporânea)
Estudo da história da pré-história e suas divisões:
- Neolítico (domesticação dos animais)
-Paleolítico (descoberta do fogo)
-Idade dos metais (invenção do arado, aumento da média de vida)
Pré-história da América
- Origem do homem americano (teorias)
Pré-história do Brasil
- Como surgiram as cidades
- Divisão social do trabalho (do escambo ao comércio)
EMPREENDIMENTO: Aula pública (tendo os alunos como palestrantes para explicar o porquê, para quê e como estudar História na escola).

II BIMESTRE

Projeto: BRASIAFRICA
Apresentação: Este projeto é fruto do reconhecimento da importância do estudo da História e Cultura-Afro-brasileira como instrumento de combate ao preconceito étnico, valorização do povo negro e construção da identidade brasileira, enquanto uma nação plural marcada por diversos contrastes étnico-culturais.

África e Oriente Médio: berço da humanidade

Civilizações ribeirinhas (Tigre, Eufrates e Nilo)
- Mesopotâmia e Egito
Mesopotâmia
- Os sumérios, os assírios, os caldeus
O Egito antigo
- Civilização negra
- Nobres e servos
Primeiras civilizações africanas
- Mali, Etiópia, Zimbábia, Daomé, etc.
Surgimento das classes sociais, do estado e do templo:
- Divindade e sacerdócio
Os fenícios e os hebreus
- Os hebreus no Egito
- O reino de Israel
Os persas
- O maior império da Antiguidade
- A cultura e religião persa
EMPREENDIMENTO: Apresentação de Stands, danças afro-brasileiras, dramatização e palestra para os pais e a comunidade escolar.

II SEMESTRE

III BIMESTRE

Projeto: O que dizem as imagens?
Apresentação: O uso da imagem em sala de aula é fundamental para a compreensão dos estudos históricos, sobretudo as de arte e as cinematográficas, porém é necessário está atento as três grandes dimensões históricas de análise: a formal, a semântica e a social, possibilitando ao aluno fazer a leitura da imagem enquanto documento histórico. Esse projeto tem como finalidade permitir ao aluno reconhecer a relação entre a arte, o cinema e a história, identificando as imagens como fontes de construção da aprendizagem.

A influência grego-romana no mundo
Grécia Antiga
- Expansão colonial
- Cidades-estados
- O domínio macedônico
- Roma e Grécia se conquistam
- Cultura e arte grega
A ascensão de Roma
- Lutas: plebeus x patrícios
- Roma conquista a Itália
- O fim da república
Decadência do Império Romano
- Invasões barbáries
- Os imperadores: caos e ordem
- A crise do império
Civilizações americanas
Como viviam os primeiros povos americanos?
- Reinos dos Incas, Astecas e Maias
- Os indígenas brasileiros
- Diversidade cultural dos indígenas latinos
EMPREENDIMENTO: Produzir um vídeo (dramatização utilizando um período histórico estudado, escolhido pela turma).


IV BIMESTRE

Projeto: Em nome de Deus ou do poder?
Apresentação: A história da humanidade é marcada por grandes influências religiosas, em especial pelas atrocidades da Igreja Católica da sociedade Medieval em nome de Deus, responsável pela “civilização” dos povos europeus. Com esse projeto, buscamos levar nosso aluno a refletir sobre a relação sociedade e religião, em diferentes momentos da história humana, buscando reconhecer mudanças e permanências.

Estudo das Religiões Antigas
Cristianismo
- Vida e obra de Jesus Cristo
- Difusão do cristianismo
Islamismo
- Religião monoteísta
- A vida do profeta
- Do deserto para o mundo
- O império declina, o islamismo não
Império Bizantino
- Império oriental grego e romano
- Diversidade de povos e culturas
- A Igreja ligada ao Estado
- As reformas de Justiniano
- Fim do Império Bizantino
Transição da Antiguidade para Idade Média
Causas (decadência do Império Romano)
Conseqüências (aliança da Igreja aos bárbaros, francos, germânicos ...)
Divisão do período Medieval
- Alta e Baixa Idade Média
Alta Idade Média
A formação da Europa
- Vassalos e suseranos
Sociedade feudal (Feudalismo)
- Feudo, servo e senhor feudal
O poder da Igreja medieval
- A Santa Inquisição

EMPREENDIMENTO: Apresentação de Júri Simulado ( abordando as religiões estudadas).
PROGRAMA DA DISCIPLINA - 7º ANO

CONTEÚDOS

I SEMESTRE

Projeto: A caminho da luz
Apresentação: O período da Idade Média é também chamado de período das Trevas, por ser o mais longo na história da humanidade sem grandes mudanças na estrutura política, econômica e cultural da sociedade. Esse projeto tem como finalidade possibilitar nosso aluno fazer diferentes leituras históricas sobre esse contexto, momento de transição de valores e pensamentos, onde o mito da lugar a razão, a escuridão é substituída pela luz, transformações influenciadas por idéias iluministas.

I BIMESTRE

Recapitulando: Transição da Antiguidade para a Idade Média
- Queda do Império Romano
- Aliança entre a Igreja e os bárbaros
Alta Idade Média
Formação do Feudalismo (origem, características)
- Cultura, ciência e religião na Europa feudal
- Divisão social e trabalho
Baixa Idade Média
As Cruzadas (guerra santa)
- Renascimento urbano e comercial
- Crescimento dos “burgos” (burguesia)
- O artesanato e o comércio
Crise da Idade Média
- Peste negra, revoltas camponesas e movimentos populares
- Declínio da Igreja e ascensão da burguesia
- Formação das Monarquias Nacionais
Transição da Idade Média para a Idade Moderna
- Crise do feudalismo e do poder da Igreja
- Formação do Estado Nacional e do capitalismo mercantil
As Monarquias absolutistas e o Mercantilismo
- Formação do Estado Nacional
- O poder dos reis
- Mercantilismo (acumulando metais preciosos, protecionismo alfandegário)
EMPREENDIMENTO: Júri Simulado.

II BIMESTRE

Projeto: Navegar é preciso...
Apresentação: Os séculos XV e XVI são marcados pelas grandes viagens marítimas européias em busca de mercados comerciais, exploração e colonização das terras americanas, também chamadas de Novo Mundo pelos europeus. Neste sentido, nosso projeto visa oportunizar o aluno momentos de investigação, debate, troca de informações, para que sejam capazes de descobrir os diferentes interesses dos europeus pelas novas terras, pela aventura em alto mar.

Expansão Comercial Marítima Européia
- Mudança do eixo comercial: do Mediterrâneo para o Atlântico
- Viagens portuguesas e espanholas
- O pioneirismo português
- A chegada ao Novo Mundo (América)
Manifestações culturais e religiosas
- Rompimento com o pensamento medieval (substituição do Teocentrismo pelo Humanismo)
- A Itália como berço do Renascimento
- Reformas religiosas (Lutero, Calvino e Henrique VIII)
- Reforma e Contra Reforma
A América antes da chegada dos europeus
Povos pré-colombianos
- A diversidade dos povos (Astecas, Incas, maias e indígenas da América portuguesa)
- Localização geográfica e aspectos sócio-culturais
- Diferenças e semelhanças na organização do poder
- Divisão social e de trabalho
- Aspectos religiosos e culturais
EMPREENDIMENTO: Excursão a Salvador (visita aos museus náuticos Fortes Santo Antonio da Barra e São Marcelo).

II SEMESTRE

III BIMESTRE

Projeto: BRASIAFRICA
Apresentação: Este projeto é fruto do reconhecimento da importância do estudo da História e Cultura-Afro-brasileira como instrumento de combate ao preconceito étnico, valorização do povo negro e construção da identidade brasileira, enquanto uma nação plural marcada por diversos contrastes étnico-culturais.

Metrópoles e Colônias na América
As Colônias Americanas
- A colonização das terras espanholas e portuguesas
- O Tratado de Tordesilhas
- A cristianização na América portuguesa
Organização político-administrativa na América Portuguesa
- Expedições (exploradoras, guarda-costas e colonizadoras)
- Capitanias hereditárias, governo-geral
- Invasões estrangeiras
Formas de trabalho na América Portuguesa
- Trabalho escravo: indígenas e africanos (nas minas, engenhos, fazendas e cidades)
A África e os africanos no Brasil
A África antes dos europeus
- Sistema tribal
- Diversidade étnico-cultural
O trafico negreiro
- A compra e venda de escravos
Trabalho escravo no Brasil
Sociedade Colonial
- Sociedade plural, mas também patriarcal
- Casa grande e senzala
- A vida nas cidades, nas fazendas e nas missões jesuíticas
- Cultura e religiosidade (arte barroca nas igrejas, arquitetura)
EMPREENDIMENTO: Apresentação de Stands, danças afro-brasileiras, dramatização e palestra para os pais e a comunidade escolar.

IV BIMESTRE

Projeto: Um novo olhar sobre a História
Apresentação: Estamos chegando ao final de mais um ciclo de estudos. Durante o processo vivenciamos diferentes situações de estudos e aprendizagens que nos permitiram construir novas visões a cerca da história da humanidade. Nessa perspectiva, este projeto tem como objetivo oportunizar o aluno a demonstrar seu amadurecimento e o conjunto de conhecimentos desenvolvidos durante o processo de ensino aprendizagem, mostrando que foi construído um olhar diferenciado sobre a História, reconhecendo-a como ciência dinâmica, inovadora, contextualizada, não uma ciência que fala unicamente do passado.

A América espanhola
- Divisão da sociedade
- Mão de obra escrava
- O papel da Igreja
A idade do ouro no Brasil
- os bandeirantes
- ouro e diamantes (ouro em Minas Gerais)
- uma sociedade urbana
A crise do Antigo Regime
As Revoluções Inglesas (séc. XVII)
- Os antecedentes
- Conflitos religiosos e políticos
- A República Puritana
As idéias iluministas
- Uma nova forma de pensar
- O nascimento do liberalismo econômico
A independência dos Estados Unidos
- Mudanças na Inglaterra e nas colônias inglesas
- A guerra dos Sete Anos (1756-1763)

EMPREENDIMENTO: Aula Pública

PROGRAMA DA DISCIPLINA - 8º ANO

CONTEÚDOS

I SEMESTRE

Projeto: O que dizem as imagens?
Apresentação: O uso da imagem em sala de aula é fundamental para a compreensão dos estudos históricos, sobretudo as de arte e as cinematográficas, porém é necessário está atento as três grandes dimensões históricas de análise: a formal, a semântica e a social, possibilitando ao aluno fazer a leitura da imagem enquanto documento histórico. Esse projeto tem como finalidade permitir ao aluno reconhecer a relação entre a arte, o cinema e a história, identificando as imagens como fontes de construção da aprendizagem.

I BIMESTRE

Recapitulando:
- Revoluções inglesas no séc. XVII
- Iluminismo
Transformações nos meios de produção e expansão do capitalismo
Revolução Industrial
- Do trabalho artesanal a maquinocultura
- As cidades industriais e a vida operária
- As lutas operárias e os sindicatos
- Exploração do trabalho feminino e infantil
Os movimentos anticoloniais na América Latina
As críticas ao sistema colonial
- A elite colonial queria a independência
Movimentos anticoloniais na América portuguesa
- Conjuração mineira (1789)
- Os conspiradores são traídos
- A reação do governo
-Conjuração baiana (1798)
Movimentos anticoloniais na América espanhola
- Paraguai, Nova Granada (Colômbia) e Peru no caminho da independência política
Revolução Francesa
- Contexto econômico
- Reação aristocrática e a reunião dos Estados Gerais
- A primeira Constituição francesa e a Declaração dos Direitos
- A Convenção: a burguesia desentende-se
- Diretório: a república dos proprietários
EMPREENDIMENTO: Produzir um vídeo (dramatização utilizando um período histórico estudado, escolhido pela turma).

II BIMESTRE

Projeto: A caminho da liberdade...
Apresentação: O sistema de colonização mantido pelos países europeus no continente americano durou mais de três séculos. Entre os países europeus destaca-se Portugal, Espanha e Inglaterra. Contudo, o processo de luta pelo fim do sistema colonial e pela independência política da América foi resultado da ação de grupos numericamente pequenos, mas fortes e poderosos, que se organizaram e, dessa forma, estruturaram os novos países de acordo com seus interesses. Assim, dentre vários objetivos, esperamos que os alunos compreendam os motivos que levaram as sociedades americanas a lutar por sua independência.

A colonização da América do Norte
A Inglaterra em ebulição
- As colônias do norte e do centro
- As colônias do sul
- Exploração, povoamento e autonomia
O Império Napoleônico e o Congresso de Viena
A era de Napoleão
- Um estadista de muitas realizações
- A luta dos americanos por liberdade
- A política externa
- Guerras pela independência (San Martin e Simon Bolivar)
Congresso de Viena
- reação dos conservadores
-santa aliança
Os indigenas na América independente
Movimentos liberais e nacionalistas
A unificação da Alemanha e da Itália
- Causas e conseqüências
Independência da América espanhola
- Independência do México
- Independência da América Central
- O fim do império espanhol

EMPREENDIMENTO: Apresentação de Seminário.

III BIMESTRE

Projeto: BRASIAFRICA
Apresentação: Este projeto é fruto do reconhecimento da importância do estudo da História e Cultura-Afro-brasileira como instrumento de combate ao preconceito étnico, valorização do povo negro e construção da identidade brasileira, enquanto uma nação plural marcada por diversos contrastes étnico-culturais.

O movimento operário e as idéias socialistas e anarquistas
O nascimento do movimento operário
- Da utopia à ciência
- Da ciência a realidade (ditadura do proletariado)
- O anarquismo
O Imperialismo na África e na Ásia
O imperialismo é fruto da Revolução Industrial
- O novo colonialismo
Em busca de riquezas africanas e asiáticas
- A partilha da África e da Ásia
- Colonização da Ìndia
- A guerra do Ópio
- Japão uma potência imperialista na Àsia
Processo de independência do Brasil
D. João VI no Brasil
- A corte portuguesa deixa Portugal e se instala no Rio de Janeiro
- A política administrativa de D. João (abertura dos portos)
- O Brasil se torna sede do reino português
- A era pombalina
- Crise do antigo sistema colonial
D. Pedro I e as Regências
- A colônia caminha para a independência (as duas forças políticas, do dia do fico ao grito de independência)
EMPREENDIMENTO: Apresentação de Stands, danças afro-brasileiras, dramatização e palestra para os pais e a comunidade escolar.

IV BIMESTRE

Projeto: Que país é esse?
Apresentação: O século XIX é marcado por grandes transformações na sociedade brasileira. A aspiração republicana era muito antiga no Brasil, ela se mostrou em vários movimentos anticoloniais, a exemplo da Inconfidência Mineira e Confederação do Equador. O ideal republicano desses movimentos era mais um instrumento para contestar a aristocracia imperial, uma expressão local das províncias periféricas. Porém, no final do século XIX, ele renasceu na própria capital do Império. Com esse projeto, oportunizaremos os alunos a compreenderem a origem dos contrastes sociais e políticos brasileiros.

Primeiro Reinado
- A organização do Estado brasileiro
- A Confederação do Equador
- A Assembléia Constituinte de 1823 e a Constituição de 1824
- Os regressistas no poder e o golpe da maioridade
Insurreição sob a Regência
- A Cabanagem (1835-1845) e a Revolta dos Malês (1835)
- A Revolta dos Farrapos (1835-1845)
D. Pedro II e a crise do Império
O Poder Moderador volta a funcionar
- Conservadores e liberais
- O parlamentarismo
Brasil: rei do café
Tempos de grandes mudanças
- O fim do tráfico negreiro
Guerra do Paraguai: o Exercito Nacional volta fortalecido
- Antecedentes da guerra
- A eclosão dos conflitos
- As conseqüências
A abolição da escravatura
- abolição não significa vida digna para os ex-escravos
- Das senzalas para as favelas
Os imigrantes no Brasil
A guerra de Secessão e a expansão dos Estados Unidos
- Um país, duas economias
A guerra de Secessão
- Antagonismos
- Conseqüências da guerra civil
- Rumo à integração e ao desenvolvimento
A marcha para o Oeste
Propostas de transformações sociais
- Marxismo e Anarquismo

EMPREENDIMENTO: Aula pública.
PROGRAMA DA DISCIPLINA - 9º ANO

CONTEÚDOS

I SEMESTRE

Projeto: Novos tempos, novos interesses!
Apresentação: Na segunda metade do século XIX, países europeus como a Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Itália, eram considerados grandes potências industriais. Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem um custo consideravelmente baixo, estes países se dirigiram à África, Ásia e Oceania, dominando e explorando estes povos. Não muito diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, que utilizou como desculpa a divulgação do cristianismo, o neocolonialismo do século XIX usou o argumento de levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo. Com esse projeto, levaremos os alunos a refletirem sobre as conseqüências desses fatos na Europa para o mundo, em especial para o Brasil.

I BIMESTRE

Recapitulando:
Imperialismo no século XIX
- Fruto da Revolução Industrial
- A partilha da África e da Ásia
- Imperialismo norte-americano
- Neocolonialismo séc. XIX e colonialismo séc. XV e XVI
- Conseqüências do imperialismo
A República chega ao Brasil
- Movimentos republicanos
- Os militares no poder
República Oligárquica
- A República da Espada (1889- 1940)
- A República dos Coronéis (1894-1930)
A guerra de Canudos
- Igreja x religiosidade popular
- Antonio Conselheiro, um peregrino no sertão
A industrialização e o crescimento das cidades
- Os cortiços e as vilas operárias
O movimento operário na Primeira República
- A vida nas fábricas
- Os representantes dos trabalhadores
-As primeiras lutas e conquistas operárias
Reformas e revoltas na capital
- A reforma urbana e reforma sanitária
- A reação popular: Revolta da Vacina
A Primeira Guerra Mundial
- Antecedentes da guerra
- Da guerra rápida a guerra de trincheiras
- Os combates na Frente Oriental
- Os Estados Unidos entra na guerra
-As alianças políticas
- O fim da guerra e o Tratado de Versalhes
- O mundo após a guerra

EMPREENDIMENTO: Apresentação de Seminário.

II BIMESTRE

Projeto: O que dizem as imagens?
Apresentação: O uso da imagem em sala de aula é fundamental para a compreensão dos estudos históricos, sobretudo as de arte e as cinematográficas, porém é necessário está atento as três grandes dimensões históricas de análise: a formal, a semântica e a social, possibilitando ao aluno fazer a leitura da imagem enquanto documento histórico. Esse projeto tem como finalidade permitir ao aluno reconhecer a relação entre a arte, o cinema e a história, identificando as imagens como fontes de construção da aprendizagem.

Crise do capitalismo e totalitarismo
Estados Unidos: Esplendor e crise
- Os felizes anos 20
- O mundo desaba: crise de 1929
Os regimes autoritários tomam conta da Europa
- Nazismo e Fascismo
- Características dos regimes totalitários
A Segunda Guerra Mundial
Antecedentes:
- O nazismo alemão
- As ambições do Japão e Itália
A eclosão da guerra: o avanço do Eixo
- A invasão da Polônia
- A conquista da Europa Ocidental
O avanço dos aliados
- Os EUA entram na guerra
Conseqüências da guerra
A Revolução de 1930 e a Era Vargas
Mudanças na sociedade e na cultura
- Declínio das Oligarquias
- Fim da política do café-com-leite
- Governo Provisório
- Constituição de 1934
O Estado Novo
- Estatização da economia
- Nacionalização do petróleo
- Organização sindical e leis trabalhistas
- O Brasil na Segunda Guerra
- A renuncia de Vargas

EMPREENDIMENTO: Produção de um vídeo.

II SEMESTRE

III BIMESTRE

Projeto: Uma guerra sem armas
Apresentação: Os conflitos ideológicos sempre estiveram presentes na história da humanidade. A Guerra Fria é uma dessas guerras sem armas, um conflito teórico entre Estados Unidos e Rússia (antiga União Soviética). No Brasil o golpe de estado dado em 64, quando os militares assumem o governo brasileiro é outro exemplo de ideologia política. Este projeto visa possibilitar ao aluno vivenciar diferentes situações de estudo para que possa compreender esse período histórico tão contraditório da história do Brasil e do mundo.

O mundo bipolar: a Guerra Fria
- O mundo pós - guerra
- Ofensiva política e econômica capitalista
- A coexistência pacifica
- Capitalismo x socialismo
- A Revolução Chinesa
- A guerra do Vietnã
- A situação no Oriente Médio
Revolução e ditadura na América Latina
- Revolução Cubana
- Populismo e ditadura na Argentina
- Socialismo e ditadura no Chile
- Nicarágua e El Salvador
- Fim da Guerra Fria
Democracia no Brasil
O Brasil depois de 1945
- O retorno a democracia
- A Constituição de 1946
- O governo Dutra (1946- 1951)
O segundo governo Vargas
- Política de desenvolvimento industrial
- Tensões sociais e luta contra o presidente
Os anos dourados
O governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961)
- “Cinqüenta anos em cinco”
- Desenvolvimento regional e investimentos estrangeiros
- A construção de Brasília
O governo de Jânio Quadros (1961)
- Um presidente excêntrico
- A campanha da “vassoura”
O governo de João Goulart (1961-1964)
- Reformas sociais no campo
- O avanço da mobilização social e o golpe de 64

EMPREENDIMENTO: Cineforum.

IV BIMESTRE

Projeto: Queremos democracia já!
Apresentação: A compreensão dos conceitos de ditadura e democracia é fundamental para entender a história do nosso país. Por tal razão, estaremos desenvolvendo durante a unidade este projeto que dentre outras competências pretende levar nossos alunos a refletirem sobre os danos sociais, políticos e culturais resultantes do regime militar e a importância da democracia para o desenvolvimento da sociedade.

A luta pela Independência
Descolonização da África e da Ásia
- Desejo de liberdade
- Independência da Índia
- Independência do Norte da África
- A descolonização da África Subsaariana
O governo Militar no Brasil (1964-1985)
O fim das liberdades democráticas
- Um regime apoiado na repressão
- Os custos da estabilização
- os anos de chumbo
O governo de Castelo Branco (1964-1967)
O governo de Costa e Silva (1967-1969)
O governo de Médici (1969-1974)
Rumo à redemocratização do Brasil
Efervescência cultural
- A União dos Estudantes
- A campanha das Diretas Já
- Eleições diretas
A Nova República
- O governo de José Sarney (1985-1990)
- Rumo a uma nova Constituição
- A Constituição de 1988
- O governo de Fernando Collor (1990-1992)
- O governo de Itamar Franco (1992-1994)
- O governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)
- O governo Lula (2002-2010)
A nova ordem Mundial
- O fim da União Soviética
- Fim do socialismo no Leste Europeu
- A hegemonia norte-americana
A globalização e seus efeitos
- A globalização da economia
- Os efeitos socioculturais da globalização
- A América Latina no mundo globalizado
Um balanço do Brasil contemporâneo
- Modernização econômica
- Os custos sociais da globalização
- Mudanças na tecnologia e a revitalização do cinema
- O pré-sal
EMPREENDIMENTO: Aula pública.

METODOLOGIA PROPOSTA:

Por meio de aulas expositivas explicativas serão realizadas várias atividades que seguem abaixo descritas:
•Trabalho com projetos Semestrais da disciplina;
•Trabalho com mini-projetos interdisciplinares;
•Elaboração de pesquisas;
•Entrevistas com familiares, comunidade externa e órgãos públicos;
•Círculos de leitura;
•Seminários, debates, dramatização, entrevistas;
•Aulas de Campo;
•Oficinas, Palestras.
•Trabalho com filmes e músicas.

SISTEMA DE AVALIAÇÃO:

A avaliação será processual, somativa e cumulativa, sendo atribuído 4,0 ao Diagnóstico Final da Unidade e 6,0 que serão distribuídos em outras atividades que serão realizadas durante o processo.

Instrumentos de avaliação

•Produção textual, atividades de classe e extraclasse (individuais e coletivas);
•Diagnósticos;
•Seminários, debates, dramatização, entrevistas, pesquisas;
•Fichas Roteiro, quadros comparativos, mapas conceituais.
•Projetos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• ALVES, Rosemeire, Wanessa Garcia, Rogério Martinez e Mª Eugenia Bellusci. A escola é nossa. História e Geografia, 5º Ano. Editora Scipione – SP 2008.
• AOKI, Virginia. Guia e recursos didáticos para o professor. História: Projeto Buriti. 5º Ano. –São Paulo: Moderna, 2007.
• BARROS, Andrea de Marco Leite de. Projeto Descobrir – Geografia: 5º Ano/ Andrea Marco; acessória pedagógica Vera Grellet, Eliana Tayano. 1ª ed. – São Paulo: Atual, 2009.
• BRAICK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao terceiro milênio. 7ª Série / Patrícia Ramos Braick, Miriam Becho Mota. 2 ed. –São Paulo: Moderna, 2006.
• LOPES, Nelci. História em construção. 4ª série/ Nelci Lopes, Valdelize C. Silveira. São Paulo: Atual, 2001.
• MARTINS, Dora, J. William Vasentini e Marlene Pécora. Coleção Aprendendo Sempre. História: 5º Ano. 1ª ed. – São Paulo: Editora Ática, 2008.
• MORENO, Jean Carlos. Coleção História viva. História /Geografia/ 5º Ano - Jean Carlos Moreno, Antonio Fontoura Jr. – São Paulo: IBEP, 2000.
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS 5ª a 8ª série): História/ Secretária de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1997.
• NEMI, Ana Lúcia Lana. Para viver juntos: História, 6,7,8 e 9 Ano: ensino fundamental/ Ana Lúcia Lana Nemi, Muryatan Barbosa.- São Paulo: Edições SM,2008.
• OLIVEIRA, Maria da Conceição Carneiro. Pensar e construir. História 4ªsérie/ Maria da Conceição Carneiro Oliveira, Silas Martins Junqueira. – São Paulo: Scipione, 2001.
• Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS 1ª a 4ª, 5ª a 8ª série): história e geografia/ Secretária de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1997.
• Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. SEC. 11 - Divisão de Ensino Fundamental e Infantil: Plano anual de História para a 4ª Série do Ensino Fundamental.
• SCHIMIDT, Mario Furley. Nova história crítica. História: 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série. 2 ed. rev. e atual. –São Paulo: Nova Geração, 2002.
• SOURIENT, Lílian. Interagindo e percebendo o mundo. História 4ª Série/ Lílian Sourient, Roseni Rudek, Rosiane de Camargo. - ver e atual. - São Paulo: Editora do Brasil, 2001.

História da Republica Brasileira


 Epopeia das eleições no país

Objetivo

Compreender a importância e a dinâmica das eleições no Brasil com base numa perspectiva histórica.

Introdução

Tão ancestral quanto à luta pela livre escolha dos representantes do povo é a acirrada disputa dos candidatos a esses cargos eletivos. Para o mundo ocidental, a democracia tem como referência original a Grécia antiga, em especial a cidade-estado de Atenas. Foi lá que inicialmente se discutiram a importância das eleições, as dificuldades de governar e a necessidade de ter apoio popular, isso cinco séculos antes de Cristo. Até hoje, portanto em mais de 2500 anos, a democracia e o voto acabaram conhecendo longos períodos de ditadura e o descrédito na escolha de representantes, mas sempre renasceram como elementos indispensáveis para a construção da cidadania. Em pleno século XXI as promessas giram praticamente em torno dos mesmos temas.
Nos quase 200 anos de vida soberana do país, esse processo teve altos e baixos. A Constituição de 1824, por exemplo, criou o voto censitário (segundo a renda do cidadão) e excluiu do jogo eleitoral a ampla maioria da população. Escravos, indígenas, mulatos e brancos pobres não eram considerados cidadãos: somente os que tinham uma certa renda podiam ser eleitores e candidatos. Portanto, nada impedia que um rico proprietário, ainda que analfabeto, ocupasse algum cargo eletivo ou escolhesse seu representante no poder. Em 1881, ainda sob a Monarquia, a Lei Saraiva eliminou o pleito censitário, mas impôs que votantes e candidatos fossem alfabetizados.
Vale lembrar que, num primeiro momento, o regime republicano, adotado em 15 de novembro de 1889, manteve a exclusão das mulheres e dos iletrados. Como não havia voto secreto, as fraudes eleitorais marcaram o período: a situação sempre vencia. A lei obrigava o eleitor a votar na frente do mesário. Muitas vezes, nem era o cidadão, mas um assessor do líder local quem votava, preenchendo a ata com nomes previamente combinados.

Um século de República

Desde 1889, a história política brasileira alterna períodos de fraudes eleitorais, ditaduras violentas e pouco desenvolvimento social.
1889 - Proclamação da República: Deodoro da Fonseca, nosso primeiro presidente, renunciou em 1891, após conflitos com o Congresso.
1926 - 1930 -Washington Luís, o último da fase café-com-leite, quando paulistas e mineiros revezavam-se no centro do poder.
1933 - Mulheres vão às urnas pela primeira vez: a médica Carlota Pereira de Queiroz torna-se deputada federal na Assembléia Constituinte.
1956 - 1961 - 50 anos em cinco: slogan de Juscelino Kubistchek traduzia as propostas desenvolvimentistas de seu governo.
1961 - 1964 - João Goulart: o vice de Jânio que renunciou assumiu o poder em regime parlamentarista, depois da campanha pela legalidade.
1969 - 1974 - Garrastazu Medici: o auge da ditadura militar, num dos períodos de violência repressora e menor liberdade política.
1985 - 1990 - Tancredo e Sarney: presidente (que faleceu antes de assumir) e vice eleitos pelo voto indireto na volta dos civis ao poder.
1990 - Primeiro chefe de Estado eleito por voto popular desde Jânio, Fernando Collor foi destituído em 1992: impeachment.
1ª Etapa (comum a todos os grupos)
Compare os programas defendidos pelos candidatos a governador e senador (por seu Estado) e a presidente. Organize a elaboração de um dossiê com os planos e promessas dos vencedores, de modo que possam ser acompanhados durante toda a legislatura.

2ª Etapa - os pontos positivos e negativos do processo eleitoral nos moldes atuais

De que slogans da atual campanha presidencial vocês mais se lembram? O que acham do horário político obrigatório? Essa programação produziu alguma mudança no quadro político? As previsões se confirmaram? Faz sentido a afirmação de alguns candidatos segundo os quais as pesquisas políticas não indicam quem será eleito? O que o grupo pensa sobre a questão da obrigatoriedade do voto. Justifica-se tal imposição? E quanto ao direito de votar a partir dos 16 anos?Voto eletrônico, fim da fraude?

                              Votação Eletrônica

A votação eletrônica foi uma das grandes conquistas na história das eleições no Brasil. O recurso, que se estende a todas as regiões do país, traz duas grandes vantagens: permite que grande número de eleitores vote em curtíssimo tempo e facilita a contagem e totalização dos votos.
É interessante observar que esse sistema evita uma série de fraudes, que marcaram inúmeros episódios no passado, além de impedir brincadeiras como votar no Seu Creysson, por exemplo. Há casos famosos como o do rinoceronte Cacareco, que em 1958 obteve cerca de 100 mil votos para exercer a vereança em São Paulo. A urna eletrônica acabou, assim, com a possibilidade de parte da população manifestar sua descrença no processo eleitoral. Mas não eliminou um quase total desconhecimento do povo sobre o trabalho dos políticos depois de eleitos. As promessas de campanha, às vezes absurdas, ainda rendem dividendos.

Quando começaram as propagandas políticas no Brasil?

O Manifesto Republicano foi publicado em 1870 e inaugurou o uso da mídia nas campanhas eleitorais
A primeira campanha política brasileira foi o Manifesto Republicano, lançado em 3 de dezembro de 1870, no jornal A República, do Rio de Janeiro. "Seu autor foi Quintino Bocaiúva, que era jornalista e foi, sem dúvida, o primeiro marqueteiro brasileiro", afirma Adolpho Queiroz, presidente da Sociedade Brasileira dos Pesquisadores e Profissionais de Comunicação e Marketing Político (Politicom) e professor da Universidade Metodista de São Paulo.
O Manifesto expunha a insatisfação com o imperador D. Pedro II e seu governo, e foi importante para incentivar diversos setores da sociedade em todo o país a apoiarem o fim da monarquia. A forma de governo monárquico acabou, mas o primeiro presidente da República não foi eleito pelo povo. "Marechal Deodoro, não precisou de santinhos e comícios, já que ele era o preferido do imperador e foi ungido para o cargo", explica o professor.
O jornal foi o veículo mais importante para discussão e campanha política durante todo o período inicial da República brasileira. Os debates, as entrevistas públicas e os jingles eleitorais só surgiram, no entanto, com o início das transmissões de rádio no país, em 1922. "O primeiro jingle foi para a campanha presidencial de Júlio Prestes, em 1930. O estribilho tinha algo como ‘seu Julinho vem...’", conta o pesquisador.
O próximo passo foram os programas eleitorais pagos de Jânio Quadros, já na televisão. Com os militares, ficou permitida a veiculação apenas de nomes e números dos candidatos a cargos eletivos, porém não suas ideias. Foi com a redemocratização na eleição de 1989 que a TV ganhou realmente importância como veículo para as campanhas. “Hoje ninguém imagina fazer uma campanha sem o uso adequado da televisão, apesar dos seus custos altos de produção”, diz o docente.

                                                               O que é um golpe de Estado?


No golpe, um governante não eleito pelo povo toma o poder e suspende o processo democrático
No sistema democrático, todos os representantes dos cargos executivos e legislativos são escolhidos pela população por meio do voto. "O golpe de Estado interrompe esse processo, pois assume o poder executivo alguém que não passou pelo crivo do eleitor, não foi eleito democraticamente", explica Andrea Freitas, cientista política e pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).
Para ser considerado golpe de Estado, não necessariamente o governante que assumiu o poder pela força tem de ser militar, como aconteceu no Brasil quando o presidente da República João Goulart foi deposto em março de 1964. Em Honduras, por exemplo, o governante que assumiu no lugar do eleito Manuel Zelaya foi o presidente do Congresso, Roberto Micheletti.
Nem sempre os cidadãos têm suas liberdades restringidas sob um governo resultado de golpe. “No Brasil, a limitação radical nos direitos civis só aconteceu em 1968 com AI-5 (ato institucional número 5)”, diz a pesquisadora. A restrição das liberdades varia conforme o país. Alguns tiveram seus presidentes e ministros exilados e o congresso fechado. Em Honduras, foram suspensos os direitos chamados "constitucionais públicos", ou seja, a liberdade de expressão, de protestos e a suspensão de veículos jornalísticos que sejam contra o governo atual.
Sob o golpe, nada é garantido. “O ditador pode, simplesmente, fazer o que quiser suspender ou não qualquer direito, inclusive o direito à propriedade, por exemplo, pois o país fica sob instabilidade jurídica e tudo é possível nas mãos dele”, afirma Andrea.

Referencias

http://www.senado.gov.br/senadores/?404;http://www.senado.gov.br:80/senadores/senador/requiao/aseguran.htm
http://revistaescola.abril.com.br/
http://www.brasilescola.com/
http://www.historianet.com.br
http://veja.abril.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/10631-guia-politicamente-incorreto-da-historia-do-brasil.html

Grupo 01 – Tema

O governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961)

- Aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais do Brasil durante o governo JK.

Grupo 02 – Tema

O governo de Jânio Quadros (1961)
O governo de João Goulart (1961-1964)
- Aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais do Brasil durante o governo dos dois presidentes.

Grupo 03 – Tema

O governo Militar no Brasil (1964-1985)

- O governo de Castelo Branco (1964-1967)
- O governo de Costa e Silva (1967-1969)
- Aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais do Brasil durante o governo dos dois presidentes.

Grupo 04 – Tema

O governo Militar no Brasil (1964-1985)

O governo de Médici (1969-1974)
Rumo à redemocratização do Brasil
Efervescência cultural
- A União dos Estudantes
- A campanha das Diretas Já
- Eleições diretas

Grupo 05 – Tema

A Nova República

- O governo de José Sarney (1985-1990)
- O governo de Fernando Collor (1990-1992)
Grupo 06 – Tema

A Nova República

- O governo de Itamar Franco (1992-1994)
- O governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)

O que fazer?

 1ª Etapa

Pesquisar em livros, sites, jornais e revistas documentos e informações sobre o tema.

2ª Etapa
Selecionar o material pesquisado e elaborar slides ou video  para apresentar aos colegas em forma de Seminário.
Cada grupo deverá elaborar uma atividade para avaliar os demais colegas  que se encontram na condição de ouvintes(uma produção de texto, questões para debate, quadro comparativo, exercício, etc.)

Etapa Final 
Apresentação e Aplicação da Atividade.

Avaliação 

A avaliação se dá durante todo o processo de produção, sendo requisitos básicos:
- Conteúdo da pesquisa;
- Criatividade;
- Pontualidade;
- Dominio de conteúdo e clareza durante a exposição oral;
- Integração no grupo;
- Argumentação oe/u defesa de pontos de vista;
- Pontualidade.









HIstória e Cultura Afrobrasileira

Webquest: A Àfrica antes e depois da colonização europeia


INTRODUÇÃO

Esta atividade de investigação na Web tem como objetivo refletir sobre a organização das sociedades africanas antes da chegada dos europeus, observando a infuência da mesma para a intensificação do tráfico de escravos, assim como refletir sobre o processo de colonização, escravidão e a influência dos movimentos abolicionistas para o fim da escravatura.
Sejam bem vindos ao mundo fantástico e investigativo de estudos de temas históricos utilizando a Internet!

TAREFAS - Objetivos

Compreender a Àfrica como um continente de vários contrastes étnicos e sociais.
Analisar a influência da organização tribal e das rivalidades entre si, no continente africano resultando na escravidão da tribo derrotada para a consolidação do tráfico de escravos.
Investigar as razões que levaram os europeus a explorar e colonizar o continente africano.
Compreender a diferença entre ser escravo de uma tribo africana e ser escravo de um europeu.
Analisar as condições subumanas como os africanos foram tratados, reconhecendo algumas práticas nos dias atuais.
Reconhecer a importância da escravidão para o desenvolvimento das Colônias europeias, especificamente o Brasil.

1ª Etapa
Leia o Trecho abaixo:
Seguiram-se os gregos a partir do século VIII a.C., os romanos no século II a.C., os vândalos, que tomaram algumas colónias romanas já no século V da nossa era, seguidos pelo império bizantino, no século seguinte, os árabes, no século VII e, finalmente, os estados modernos da Europa, a partir do século XIV.
Para que você se situe no tempo, analisando o período anterior a chegada dos europeus a África e compreenda o tema em discussão, faça uma pesquisa inicial no endereço eletrônico:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_coloniza%C3%A7%C3%A3o_de_%C3%81frica

2ª Etapa
Após a leitura das informações na atividade anterior faça um esquema para organizá-las. Em seguida, navegue no site: http://www.youtube.com/watch?v=IPbetX97Q_8 e assista ao vídeo com um trecho do filme Amistad, o qual explicita como eram capturados os africanos e como se dava a venda de escravos.

3ª Etapa
Entre na página www.google.com.br e faça uma pesquisa com os seguintes temas: A África antes dos europeus; a colonização africana e a África nos dias atuais.

4ª Etapa
Visite a página http://images.google.com.br/ e selecione algumas imagens e mapas das regiões da Àfrica colonizadas pelos europeus para exibir durante a apresentação na etapa final do projeto.

5ª Etapa
Selecione e organize as informações e imagens em slides ou video para apresentar a turma na culminância do projeto.

Etapa final
Apresentar para a turma o material organizado, realizado durante o desenvolvimento do projeto.

FONTES DE INFORMAÇÃO/RECURSOS
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/africa-do-sul/colonizacao-da-africa.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_coloniza%C3%A7%C3%A3o_de_%C3%81frica
http://revistaescola.abril.com.br/historia/fundamentos/historia-colonizadores-africa-450594.shtml
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/africa.htm

AVALIAÇÃO

A Avaliação será feita mediante aos seguintes critérios:
Participação, criatividade, cumprimento das tarefas, clareza e objetividade.

CRÉDITOS
Professor: Lucival Fraga dos Santos
lucivalfraga@hotmail.com
http://webquest.sp.senac.br/textos/oque
http://www.arteafricana.usp.br/codigos/textos_didaticos/002/africa_culturas_e_sociedades.htm
http://www.africanaescola.com.br/livros.html
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142002000300016&script=sci_arttext
http://www.portugal-linha.pt/opiniao/CAlexandrino/cron4I.html

Sugestões de filmes:
Amistad, Diamante de Sangue, Um grito de liberdade, Mandela e a luta pela liberdade.
PORTFÓLIO OU DOSSIÊ SOBRE A HISTÓRIA DA POLÍTICA BRASILEIRA - 9° ANO

ORIENTAÇÕES:

Estrutura
I. Elementos Pré - Textuais
Capa
Contra capa (Capa científica)
Apresentação
Sumário
II. Elementos Textuais
Introdução
- Fazer um texto resumo de todo o trabalho desenvolvido.
Desenvolvimento I: Trajetória histórica da República Brasileira
- Fazer uma síntese das características políticas dos governos republicanos brasileiros, desde sua proclamação seguindo a seqüência temporal:
1. República da Espada
2. República Velha
3. Nova República (que tem inicio no Governo Provisório de Vargas e continuidade no governo atual do presidente Lula).
Desenvolvimento II: Debate sobre o cenário político atual
- Escolher dois candidatos que disputaram o cargo presidencial no atual processo eleitoral, fazer um apanhado histórico dos partidos;
- Apresentar a Biografia política dos candidatos e seus planos de governo divulgados no período eleitoral.
- Faça uma análise e comparação dos planos de governo dos candidatos escolhidos e diga qual em sua opinião seria o melhor plano de governo para o nosso país.
Conclusão
Faça um texto dissertativo sobre os pontos positivos e negativos do sistema político do governo republicano brasileiro, comente sobre os seguintes pontos:
- Campanhas eleitorais (horário político obrigatório, gasto de dinheiro público em propagandas, candidatos ficha suja)
- Política eleitoral (coligação dos partidos, obrigatoriedade do voto)
- Para finalizar reflita e opine sobre as seguintes questões: o Brasil é um país de fato democrático? Os brasileiros têm na prática seus direitos políticos e sociais garantidos na Constituição Federal?
- Aponte possíveis soluções para combater os problemas políticos do Brasil, a exemplo da corrupção e nepotismo.

III. Elementos Pós - Textuais
Referencias
Anexos (imagens, tabelas, gráficos, outros).

sábado, 2 de outubro de 2010

Enquete

Em sua opinião por que os estudantes não gostam de História?

a- Pela complexidade dos temas
b- Porque não gostam de ler, habilidade fundamental para compreender os fatos históricos
c- Porque não tiveram bons professores
d- Porque não conseguem perceber que a História é uma disciplina base para sua formação política,cultural, humana e cidadã

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eleições 2010: disputa entre “tucanos” e petistas

A presente dissertação busca fazer uma discussão a cerca da história política brasileira, especificamente da disputa eleitoral entre petistas e “tucanos” na eleição presidencial de 2010, representados pelos candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Nessa perspectiva, visamos apresentar e discutir suas propostas, tendências políticas e possíveis planos de governo.
O Partido Social da Democracia Brasileira (PSDB) foi fundado no ano de 1988 por políticos que saíram do PMDB por discordarem dos rumos que o partido estava tomando na elaboração da Constituição daquele ano. Políticos como Mario Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Ciro Gomes defendiam o parlamentarismo e o mandato de apenas quatro anos para Sarney. De base social-democrata, defende o desenvolvimento do país com justiça social. O partido cresceu muito durante e após os dois mandatos na presidência de Fernando Henrique Cardoso. Nos dias atuais, é a principal força de oposição ao governo Lula.

De acordo com a reportagem publicada no Jornal Gazeta no último dia sete do corrente mês,
historicamente, a relação entre PT e PSDB não foi pautada pela empatia. Ânimos acirrados entre os partidos sempre ilustram as notícias sobre a Capital Federal. E agora, ainda faltando três meses para o início da campanha oficial para Presidente da República, mais uma polêmica coloca tempero nesse embate. Tucanos e Petistas protagonizam uma "judicialização" do debate político, um apresentando ações na justiça contra o outro. (Agência Graffo, 2010)
Nesse contexto, podemos perceber que a política brasileira ainda encontra-se mergulhada numa profunda crise de democracia, nossos lideres políticos continuam recorrendo as atos que violnam a Constituição no que diz respeito a liberdade de expressão, incorrem em atos de politicagem ao tentar denegrir a imagem do candidato da oposição.
Por outro lado, o objetivo permanente de um governo democrático e popular é a construção de um poder alternativo, fundado no compromisso de promover a igualdade social e orientado pela busca radical de liberdade. Um poder que faça da democracia não um compromisso discursivo e legitimador de práticas formais e alienantes de uma pseudo-participação política, mas que estimule a criação de novas esferas públicas de participação política e afirmação da cidadania, que respeite e resguarde os direitos das posições minoritárias, que assuma a noção de pluralidade de sujeitos políticos, que impulsione a diversidade, um poder, que se coloque o desafio de dirigir a sociedade e romper com todas as formas de dominação.
Destacamos algumas propostas de governo do candidato à presidente da República Brasileira José Serra, apresentadas a empresa sendo elas: criar o Ministério da Segurança Pública, transformar a Zona Franca de Manaus (ZFM) numa área de livre comércio permanente, ampliar o Polo Industrial de Manaus e reestruturar a agência que substituiu a antiga Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), continuidade de Programa Bolsa Familia, criar uma Polícia Federal uniformizada e ter o PT do lado do governo, caso ele seja eleito.
Algumas de suas propostas são criticadas, a exemplo, da proposta de criar o Ministério da Segurança Pública,
A solução não está em nada que se possa fazer com medidas burocráticas ou factóides como a criação de um Ministério ou Secretaria"... Vai custar muito tempo, trabalho e recursos materiais e humanos. Para mudar esse quadro precisa, principalmente, vontade política. E essa os tucanos e seus aliados não tiveram nos últimos 27 anos que governaram São Paulo.(DIRCEU José, 2010)


Segundo Dilma Rousseff, serão privilegiados em seu governo caso seja eleita os eixos do projeto sob análise do PT: ciência, tecnologia e inovação, pré-sal, meio ambiente e matriz energética, educação, sáude, reconstrução do sistema de saúde, programas de moradia, como o Minha Casa, Minha Vida, transporte de massas e saneamento básico.
Segue algumas de suas propostas: ampliar Programa Bolsa Família, priorizar a qualidade da educação, contemplando medidas como o treinamento e a remuneração de professores e salas de aula informatizadas e com acesso à banda larga, aprimorar a eficácia do sistema de saúde, garantindo mais recursos para o SUS, reforçando as redes de atenção à saúde e unificando as ações entre os diferentes níveis de governo,profundar os avanços da política industrial e agrícola, enfatizando a inovação, o aperfeiçoamento dos mecanismos de crédito e o aumento da produtividade e manter a transparência dos gastos públicos e aperfeiçoar seus mecanismos de controle, combatendo a corrupção, utilizando todos os mecanismos institucionais.
Vale ressaltar, que Dilma também sofreu algumas criticas da oposição, segundo entrevista dada na TV Universitária pelo senador e pré-candidato ao governo de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), afirmou que Dilma Rousseff (PT) "não tem competência" para ser presidente da República. Aliado de José Serra (PSDB-SP), o peemedebista reiterou a confiança na eleição do tucano à presidência. De acordo com Jarbas "Serra vai ganhar a eleição. Dilma não tem preparo e nem competência política pra comandar o País. O Brasil pode até ir para o imponderável, para o lado que ninguém sabe o que vai acontecer".
Não se pode negar que as propostas apresentadas aqui de ambos os candidatos, são importantes para a continuidade do crescimento do país, porém é preciso lembrar que na história política da nossa sociedade sempre se promete muito e pouco se faz.
Por outro lado, neste clima de otimismo e criticas o eleitorado vem declarando nas pesquisas sua preferência em votar na continuidade, onde mais de 50% já declararam estar disposto a votar na candidata apoiada pelo presidente Lula
Os dois mandatos do presidente Lula que se encaminham para terminar deixarão como legado um ciclo virtuoso com forte viés nacionalista-desenvolvimentista mais à feição da social-democracia do tipo europeia, diferenciando-se drasticamente do período getulista (nos dois mandatos) e do regime militar, por terem sido altamente conservadores. O que lhe dá esta marca, mais à esquerda, são o viés em favor das classes mais baixas através das políticas de desenvolvimento social e uma política econômica de rígido controle monetário, para o controle da inflação, da mesma forma que caracterizou os partidos sociais-democráticos europeus. Por esta razão Lula mantém recorde de popularidade e o PT tornou-se o mais preferido junto ao eleitorado, independentemente de seus seguidores terem consciência ideológica desta natureza. ( FIGUREDO Marcus, 2010).
Numa análise histórica “a eleição presidencial que se avizinha tem algumas características importantes. É a primeira pós-88 sem a presença de Lula como candidato. Desde 1989, Lula se apresentou como oposição à hegemonia liberal-conservadora que sempre governou o país, com o interregno do Presidente João Goulart, 1962-64”, disse Marcus Figueredo.
Segundo pesquisas realizadas os candiodatos estão tecnicamente empatados, comprovando que a disputa entre petistas e tucanos, neste momento eleitoral, está mais na alta taxa de competição política entre as candidaturas de Serra e Dilma, do que na competição eleitoral propriamente dita.
Em suma, um ano eleitoral é sempre um momento significativo na sociedade. Neste sentido, conhecer as propostas dos candidatos, a história política do país, identificar as tendências políticas são critérios imprescindíveis para a escolha do voto. Não se pode perder de vista que o melhor para o país é o desenvolvimento, por isso é preciso analisar as possibilidades de continuidade e mudanças em relação a administração do governo atual.

Referências:

SANTOS, Lucival Fraga dos.Eleições 2010:disputa entre "tucanos" e petistas. Dissertação apresentada como requisito de avaliação a disciplina História do Brasil IV,  no curso de Graduação em História da UNOPAR em maio de 2010.
A eleição presidencial 2010 e as atuais tendências. Disponível em
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/a+eleicao+presidencial+2010+e+as+atuais+tendencias/n1237595934813.html
Dilma diz não ver importância na proposta de Serra de criar Ministério da Segurança Pública. Disponível em
http://www.infojus.com.br/noticias/governo-serra-vai-apresentar-nova-proposta-para-tentar-acabar-com-greve-de-policiais/relacionadas/
Diretrizes para a elaboração do programa de governo. Disponível em
http://www.fpabramo.org.br/uploads/diretrizesparaaelaboracaodoprograma.pdf
Multas eleitorais viram motivo de disputa entre PT e PSDB. Disponivel em
http://www.gazzeta.com.br/edicao/?edicao=1783&id=540
Propostas de Dilma Rousseff. Disponível em
http://www.fabianocoury.com.br/visualizar.php?idt=2208008

PROJETO: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TEMA: O ENSINO DE HISTÓRIA NO BRASIL DURANTE O PERÍODO MILITAR (1964-1985)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 05
2. JUSTIFICATIVA 07
3. OBJETIVOS 09
4. METODOLOGIA 10
5. REVISÃO BIBLIOGRAFICA 11
6. FONTE 16
7. RECURSOS 17
REFERÊNCIAS 18
ANEXO 20

1.INTRODUÇÃO
As discussões a cerca das transformações ocorridas no ensino de História durante o Regime Militar no Brasil, ocupa grande destaque no cenário historiográfico. Dentre os fatores responsáveis por tais mudanças, destaca-se a intervenção do Estado ou o desejo deste em manter sua hegemonia e segurança diante das transformações sociais ao longo deste período, preocupado com a forma com que o conhecimento histórico era transmitido à sociedade e as dimensões que este tomava.
Nesse contexto, essa preocupação que os governos tinham ou ainda têm, mas não demasiadamente como antes, em relação ao conhecimento histórico, é cultivado desde 1837, quando da criação do Colégio Pedro II e, no mesmo ano, a fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), quando firmou-se a História como área escolar obrigatória .
A década de 60 no Brasil, é marcada por significativas transformações, dentre elas destaca-se o momento em que depuseram o então presidente da república João Goulart que com as Reformas de Base poderia colocar em risco os interesses do empresariado, clero, classe média e alta, uma vez que dentre as propostas encontrava-se a reforma agrária que feria diretamente o direito a propriedade privada. “Em meio a crise que ocorria no mundo, tal fato despertou insegurança nos setores tradicionais da nossa sociedade, pois poderia colocar em risco a manutenção do sistema capitalista no Brasil”. (SILVA, 1978)
Segundo Skidmore (1988), “tornou-se necessário naquele momento, adequar todas as instâncias nacionais aos interesses da nova classe no poder para que o Regime Militar pudesse ser legitimado e não correr o risco de ser deposto”. Nesta perspectiva, foi criado um aparato governamental que restringia os direitos civis e políticos da população a fim de calar as possíveis vozes de contestação ao regime. É com esse pano de fundo que o governo estruturou e aprovou as reformas educacionais, sendo elas a Reforma Universitária (4.024/68) e a Reforma do 1º e 2º graus (5692/71)
[...] ao se revestir de legalidade [Lei 5.540/68 e do Decreto 464/69], possibilitou o completo aniquilamento, por parte do Estado de Segurança Nacional, do movimento social e político dos estudantes e de outros setores da sociedade civil. A ordem foi restabelecida mediante a centralização das decisões pelo Executivo, transformando a autonomia universitária em mera ficção, bem como pelo uso e abuso da repressão político-ideológica. A institucionalização das triagens ideológicas, a cassação de professores e alunos, a censura ao ensino, a subordinação direta dos reitores ao Presidente da República, as intervenções militares em instituições universitárias, o Decreto-lei 477/69 como extensão do AI-5 ao âmbito específico da educação e a criação de uma verdadeira polícia-política no interior das universidades, corporificada nas denominadas Assessorias de Segurança e Informações (ASI), atestam o avassalador controle exercido pelo Estado Militar sobre o Ensino (GERMANO, 1994, p. 133).
No entanto, foi sob os auspícios da ditadura que foram assinados os chamados “Acordos MEC/USAID”, sendo que técnicos da USAID(United States Agency for International Development) participaram diretamente na reorganização do sistema educacional brasileiro. Os acordos deram à USAID um poder de atuação em todos os níveis de ensino (primário, médio e superior), nos ramos acadêmico e profissional, no funcionamento do sistema educacional, através da reestruturação administrativa, no planejamento e treinamento de pessoal docente e técnico, e no controle do conteúdo geral do ensino através do controle da publicação e distribuição de livros técnicos e didáticos..
Foi a partir das orientações estabelecidas pelos acordos MEC-USAID e dos Relatórios do Grupo de Trabalho da Reforma Universitária e do Relatório Meira Matos, que foram realizadas as reformas educacionais sob a ditadura, culminadas com as Leis 5.540/68 e 5.692/71, sendo a primeira destinada ao Ensino Superior e a segunda aos Ensinos de Primeiro e Segundo Graus (o que hoje denominamos Ensino Fundamental e Médio, respectivamente).
Concluindo, com a reestruturação do ensino, reestruturou-se os currículos das escolas de primeiro e segundo graus criando a disciplina de Educação Moral e Cívica e dando uma nova abordagem a disciplina de OSPB (Organização Social e Política do Brasil) com o objetivo de transmitir a ideologia calcada nos princípios da Segurança Nacional. Na universidade, foram criados os cursos de Licenciatura de curta duração em Estudos Sociais. Transformaram as disciplinas de História e Geografia em Estudos Sociais, levando ao esvaziamento dos conteúdos, fazendo-os regredir ao método mnemônico, fazendo o aluno decorar datas, nomes e fatos importantes da nossa história com vistas ao desenvolvimento do nacionalismo, elemento importante na formação do indivíduo para a efetiva manutenção do regime instituído. (BRASIL/SEF., 1997, p. 25-26).

2. JUSTIFICATIVA

A presente dissertação trata-se de uma investigação a cerca do ensino de História na Educação Básica e no ensino superior, sobretudo, na formação de professores de História durante o período Militar (1964-1985) no Brasil. Busca-se como esse trabalho analisar as práticas pedagógicas utilizadas no ensino da dsiciplina nesse contexto e heranças ou resquícios que desempenham influências até os dias atuais.
Nessa perspectiva, esse trabalho é muito importante não apenas para nós acadêmicos do curso de História, mas para os docentes, historiadores e simpatizantes das Ciências Humanas em geral, pois faz uma reflexão a cerca da trajetória do ensino de História no Brasil. Pretendemos responder durante a dissertação algumas questões, tais como: Como se constituiu o ensino de História durante o período Militar? Quias fatores levaram a substituição da disciplina por Estudos Sociais e OSPB? Que cidadãos se buscavam formar?Por que foi implantada no curriculo escolar a disciplina Educação Moral e Civica ? Quais as preocupações com a formação do professor de História?, dentre outras inquietações que forem surgindo no desenvolvimento da pesquisa.
Para responder as essas perguntas, retomaremos num enfoque histórico o conjunto de circunstâncias que antecederam o golpe militar de 64 e a repressão dos governos totalitários ao ensino de História, por seu teor crítico e das demais ciências humanas. Com a substituição da História enquanto disciplina escolar, pelos Estudos Socias no ensino de 1º Grau, há uma desvalorização da históriografia e das reflexões sobre a realidade, próprias do ensino de história, surge uma História factual voltada a ideais nacionalistas e a figura de heróis.
Vale ressaltar, que não pretendemos aqui julgar como bons ou ruins os métodos e práticas usados no ensino de História no contexto do regime militar, mas analisar as conseqüências destes para as atuais dificuldades encontradas pelos docentes da disciplina, em especial o fato dos alunos não gostarem da aulas de História, pela forma factual com foi trabalhada durante as décadas de 60 à 80, deixando resquícios nos métodos de ensino atuais. Para nortear a discussão apresentaremos opiniões de diferentes autores a respeito do tema.
Pretendemos estabelecer uma comparação entre a prática do ensino de História no regime militar e o ensino atual, na perspectiva de perceber quais as semelhanças e diferenças existentes.

3. OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL
Analisar as práticas pedadogicas desenvolvidas no ensino de História durante o Regime Militar e compreender as razões que levaram as reformas no ensino básico e superior , bem como reconhecer os legados deixados que influenciaram toda uma geração e ainda continuam sendo sentidos ataualmente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Conhecer um pouco da história do ensino de História no Brasil;
• Analisar a conjuntura histórica que antecedeu ao golpe militar;
• Analisar a prática do ensino da disciplina de História ocorrido durante o Regime Militar (1964-1985) usadas nas séries iniciais e finais do 1º Grau;
• Observar algumas mudanças ocorridas na formação dos professores de História durante o golpe militar;
• Perceber o desejo do Estado Militar em manter sua hegemonia ao substituir a História por Estudos Sociais;
• Analisar as propostas do ensino de Estudos Sociais, EMC e OSPB;
• Analisar como as reestruturações no ensino de História, após a Ditadura processaram no ambiente escolar e acadêmico.

4. METODOLOGIA

Toda atividade pedagógica ,seja de cunho cientifico ou não exige planejamento, atividade essencial para organização das ações a serem desenvolvidas na busca de atingir os objetivos, bem como uma seleção de metódos necessários a execução da mesma, também chamada de Metodologia. Quanto mais fontes se utiliza, mais rica se torna a pesquisa, uma vez que as estrategias se adequem ao tema em questão.
É importante que não percamos de vista o quanto a escolha dos metódos a serem utilizados auxiliam na agilidade para construção da pesquisa. Desse modo, torna-se necessário relfetir sobre como abordar o tema, qual a melhor fonte, que relação existe entre a fonte e o contexto, se a linguagem da fonte facilita na compreensão das idéias, etc.
Não se pode negar que as as tecnologias da informação, a exemplo a internet, são ferramentas importantes para a construção do conhecimento histórico, no entanto é necessário o cuidado para não se fazer plágios.
Neste sentido, serão realizadas como primeiro passo para o desenvolvimento do presente trabalho um questionário para o levantamento da problematização e das hipóteses, bem como a investigação ou pesquisas em diferentes fontes, sobre o tema abordado. Como segundo passo farei a produção de fichamento com as principais idéias de cada autor e elaboração de Tabelas comfrontando as idéias dos autores.
Em seguida, farei a análise das idéias e dos contextos dos autores em discussão e a leitura da Lei 5.962/71 para enriquecer meu acervo de informações e novos conhecimentos. Por fim, assistirei a videos que retratam o contexto, disponiveis na Internet, no site do Youtube e farei a comparação das conclusões finais com as idéias inicias, buscando confirmar se as hipóteses são verdadeiras ou não, finalizando portanto a atividade com a produção de um pequeno texto com as considerações finais.

5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A segunda metade do século XX foi marcada pela insegurança e pelo medo do mundo mais uma vez mergulhar em um conflito de proporções mundiais. O mundo, neste momento estava dividido em dois grandes blocos econômicos, o socialismo de um lado e o capitalismo de outro. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, URSS e EUA dividiram o mundo em duas áreas de influencia em que cada um deles tentava fazer com que os demais países se alinhassem a um ou outro.
No Brasil, a crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio, João Goulart, assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista, por tal razão os militares deram um golpe de estado, assumindo o poder. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria.
O Golpe Militar de 1964 como ficou conhecido apoiou-se no discurso de que era necessária uma intervenção militar para restabelecer a ordem e colocar o país de volta ao caminho certo, longe da ameaça comunista e rumo a um prospero desenvolvimento econômico.
Em sua obra O Legado Educacional do Regime Militar, Derneval Saviani, relata sobre o momento de efervecência política e educacional, esclarecendo a importãncia da vinculação da educação pública aos interesses e necessidades do mercado para o regime militar:
Configurou-se, a partir daí, a orientação que estou chamando de concepção produtivista de educação. Essa concepção adquiriu força impositiva ao ser incorporada à legislação do ensino no período militar, na forma dos princípios da racionalidade, eficiência e produtividade, com os corolários do “máximo resultado com o mínimo dispêndio” e “não duplicação de meios para fins idênticos”(SAVIANI, p. 297, 2008).
O autor ressalta ainda que, a orientação geral traduzida nos objetivos indicados e a referência a aspectos específicos, como a profissionalização do nível médio, a integração dos cursos superiores de formação tecnológica com as empresas e a precedência do Ministério do Planejamento sobre o da Educação na planificação educacional, são elementos que integrarão as reformas de ensino do governo militar.
Alguns aspectos importantes das reformas citadas anteriormente, da qual Saviani denomina como legado do regime militar, durante a discussão em seu texto, destaca-se o favorecimento à privatização do ensino, idéia que ganha força com o crescimento acelerado das instituições particulares. Dessa forma, “há uma aliança entre o governo e o empresariado privado, concordando com a implantação do ensino pago, por uma via diferente da prevista pelo projeto de reforma universitária” (Vieira, 1982, p. 117). Quanto à estrutura do ensino, Saviani (2008) “destaca que o curso, por sua vez, se definia pelo currículo, entendido na prática como um elenco de disciplinas distribuídas, via regra, em três modalidades: obrigatórias, optativas eletivas”.
Segundo Derneval Saviani, de forma positiva surge a implantação dos cursos de pós-graduação. “A valorização da pós-graduação e a decisão de implantá-la de forma institucionalizada situam-se no âmbito da perspectiva de modernização da sociedade brasileira, para o que o desenvolvimento científico e tecnológico foi definido como uma área estratégica.” (SAVIANI, 2008). Por outro lado, “o aspecto da estrutura do ensino decorrente da reforma de 1968, ainda em vigor, que interferiu negativamente na qualidade, é a mudança da referência do tempo de duração das disciplinas, de anual para semestral” (SAVIANI, 2008). . È o que se chamou na época de Licenciatura curta em Estudos Sociais.
Compartilhando da mesma idéia de Derneval Saviani sobre a formação do professor de História, isto é, da Licenciatura em Estudos Sociais, João Batista da Silveira ressalta que a história ensinada nas universidades e no ensino secundário continuava a seguir a falsa idéia de História evolutiva, verdade apenas para uma parte da população. Neste sentido, os conteúdos foram direcionados para um modelo propagandístico e cívico de educação em comum acordo com a política repressiva do governo militar, voltada aos interesses do sistema capitalista ou ao mundo do trabalho. “ Com a Reforma Universitária, Lei 5.540/68 e com a reforma do ensino de 1º e 2º Graus, Lei 5.692/71, a educação no Brasil passaria a se organizar segundo a cartilha ditada pelo capitalismo internacional” (SILVEIRA,p.106,2008).
É importante frisar aqui, que com a reestruturação do ensino reestrutura-se também os currículos:
Os curriculos e programas constituem o instrumento mais poderoso de intervenção do Estado no ensino, o que significa sua interferência, em última instância, na formação da clientela escolar para o exercício da cidadania, no sentido que interessa aos grupos dominantes. Através dos programas divulgam-se as concepções científicas de cada disciplina, o estado de desenvolvimento em que as ciências de referência se encontram e, ainda, que direção deve tomar ao se transformar em saber escolar. Nesse processo, o discurso do poder se pronuncia sobre a educação e define seu sentido, forma, finalidade e conteúdo e estabelece, sobre cada disciplina, o controle da informação a ser transmitida e da formação pretendida. Assim, a burocracia estatal legisla, regulamenta e controla o trabalho pedagógico.(ABUD,2004,p.28)

Nesse contexto, para Paulo Hipolito, o currículo se apresenta como uma forma de relação de poder que coloca uma postura oficial. Ele traz uma seleção de conteúdos que constroem a imagem de um Estado aceitável pela sociedade.
De acordo com João Batista Silveira, o currículo da Licenciatura em Estudos Sociais, assim como em História era organizado em disciplinas, que em algumas faculdades possuiam a mesma divisão, sendo História Antiga (Oriental, Grécia e Roma), História Medieval (Alta Idade Média, Baixa Idade Média e Idade Média Ibérica), História Moderna (História Economica-social e História da Cultura) e História Do Brasil (História do Brasil Colonial e História do Brasil Independente). “Observando os conteúdos dos livros didáticos de História, OSPB e Educação Moral e Cívica da época, é possivel concluir que a História era lecionada sem qualquer contestação, sendo um conteúdo meramente decorativo,que se valia do mito do héroi e datas festivas”[...] (SILVEIRA,p.139,2008).
A consolidação dos Estudos Sociais em substituição à História e Geografia ocorreu a partir da Lei n. 5.692/71, durante o governo militar. Os Estudos Sociais constituíram-se ao lado da Educação Moral e Cívica em fundamentos dos estudos históricos, mesclados por temas de Geografia centrados nos círculos concêntricos. Com a substituição por Estudos Sociais os conteúdos de História e Geografia foram esvaziados ou diluídos, ganhando contornos ideológicos de um ufanismo nacionalista destinado a justificar o projeto nacional organizado pelo governo militar implantado no país a partir de 1964.(PCNs,2001,p.26).
Anos depois da Lei n. 5.692/71, em 1976, a portaria nº 790 é criada pelo Ministério da Educação, que determina que as aulas de Estudos Sociais para o 1º grau, só poderiam ser ministradas pelos próprios profissionais formados em Estudos Sociais. Paulo Hipolito chama a atenção, para a qualificação dos professores formados em Estudos Sociais, resaltando que estes saíam do curso com um conhecimento essencialmente global dos conteúdos a ser ensinado, ou seja, o professor ia para a sala de aula meio que despreparado, o que o levava a se ater unicamente nos livros didáticos em que, na época mais que hoje, constituíam uma forma mascarada da intervenção do Estado no processo de educação dos alunos. “Trata-se do controle ideológico sobre a disciplina em nível de 1º grau na formação dos jovens, na formação dos cidadãos e do pensamento brasileiro”.(FONCECA,1993,p.28)
Assim, a proposta metodologica para as séries iniciais e finais do Ensino de 1º e 2º graus, estão voltadas para a tendência pedagógica Tradicional ou um ensino factual, que consiste em uma divulgação da história de reis, heróis e batalhas, redutoras do homem a categoria de objeto ínfimo no universo de monstros grandiosos que decidem o caminho da humanidade e o papel de cada um de nós. Do passado só se recordava dos fatos heróicos, a versão que engrandece. Buscando-se desenvolver no educando o sentiimento nacionalista.
O programa curricular imposto durante o Regime Militar, com a Reforma do Ensino de 1971, impunha um Ensino diretivo, acrítico, no qual a História aparecia como uma sucessão linear de fatos considerados significativos, predominantemente políticos e militares, com destaque para os “grandes nomes”, os espíritos positivos que conduzem a História (LIMA E FONSECA, 2007, p.55)

Esse metódo de ensino pernaceu durante todo o período militar, passando a ser questionado apenas a partir da década de 80 com a redemocratização do Brasil.
Assim, os anos 80 são marcados por discussões e propostas de mudanças no ensino fundamental de História. Resgatar o papel da História no currículo passa a ser tarefa primordial depois de vários anos em que o livro didático assumiu a forma curricular, tornando-se quase que fonte “exclusiva” e “indispensável” para o processo de ensino-aprendizagem. (FONSECA, 1993, p.86)

Nesse novo cenário educacional contestava-se a história tradicional, dos grandes fatos, dos heróis. A visão da história como um processo linear, evolutivo, em direção ao progresso, foi denunciada como redutora da capacidade do aluno de se sentir parte integrante e agente de uma história que desconsiderava sua vivencia e era apresentada como um produto pronto e acabado. Neste contexto inicia-se a discussão sobre o retorno da História e da Geografia como disciplinas autônomas nos currículos tanto na escola quanto na universidade, uma vez que os problemas enfrentados no ensino são os mesmos, segundo Selva Guimarães Fonseca.
Os problemas do ensino de história no 1º e 2º graus eram também problemas das universidades. (...) uma vez que nelas se formaram o professores, delas saíram os “melhores livros didáticos”, os guias curriculares e os cursos de atualização. Entretanto, a academia não assume estes problemas e, pretendendo-se 14 separar do social, culpa os outros pela “feiúra”, pela “ideologização” e pelo baixo nível
do ensino de 1º grau. A função básica de ensino-pesquisa e extensão permanecia circunscrita nos próprios limites da universidade. (FONSECA, 1993, p.122)

A partir das novas discussões a cerca do ensino de História,os métodos tradicionais de ensino foram questionados, buscando alternativas que levassem o aluno a construção do conhecimento histórico na sala de aula. Busca-se romper com métodos de ensino baseado na leitura de livros didáticos e incorporar o cinema, a música, a literatura no ensino de História como linguagens alternativas para se construir o conhecimento histórico. Na decáda de 90 surge a preocupação com a incorporação das Tecnologias da Informação tanto no curso de formação de professores quanto nas escolas de Nivel Fundamental e Médio.
Paralelamente, o “dilúvio” de informações, com a incorporação e uso das diferentes linguagens (imprensa, programas de TV, vídeos, CD-ROM), exige uma formação contínua e permanente, mas as condições concretas (materiais e pedagógicas) da escola não viabilizam essa prática (CIAMPI & CABRINI, 2007, p21)

Em suma, embora houve grande avanço na forma de se aprender e ensinar a História na escola e na universidade, esta mudança de perspectiva não atingiu de forma generalizada o ensino de História. Na escola a História tem permanecido distante do interesse dos alunos, presa as fórmulas prontas do discurso dos livros didáticos ou relegada a práticas esporádicas determinadas pelo calendário cívico. Os resquicios do ensino tradicional e factual ou legado da Ditadura como denomina Saviani, ainda estão presentes nas práticas de ensino atuais. É necessário que se reafirme a importância da História no currículo escolar e, acima de tudo, que se entenda esta disciplina como libertadora, elemento essencial na formação da cidadania.
6. FONTE

As fontes históricas, ou vestigios humanos como também são chamadas, desempenha um importante papel na construção do conhecimento histórico. Com a mudança ou evolução da sociedade, se alargam também os conceitos, pois surgem novas formas de se ver e compreender as os fenõmenos. Assim com o passar dos anos, as fontes históricas que até o século XX são teriam valor para a históriografia os documentos escritos, atualmente no século XXI outros instrumentos foram incorporados ao conjunto das fontes, sendo eles os de origem imaginética, iconográicas e orais.
Como base para a realização desse projeto de pesquisa serão analisados os seguintes obras: “A Politica de Formação de Professores de História no Regime Civil-Militar: A criação de Licenciatura Curta em Estudos Sociais”, dissertação de Mestrado de João Batista da Silveira, realizada em 2008, fonte de natureza primária. “O Ensino de História durante a Ditadura Militar”, dissertação de Rosimary Plazza, fonte também de origem primária. “O Legado Educacional do Regime Militar”, dissertação de Derneval Saviani, realizada em 2008.
Soma-se a estes alguns textos de outros autores, de fontes secundárias como “O ensino da Educação Moral e Cívica durante a ditadura militar”, artigo de Nataly Nunes e Maria José de Rezende. O livro didático de Educação Moral e Cívica na Ditadura Militar de 64: A construção de uma disciplina, artigo de Juliana Miranda Filgueiras. “Ditadura Militar – Resumo escolar” e Brasil1 964 a 1989, vídeos disponíveis no Youtube.

7. RECURSOS

Como recursos humanos, foram essenciais para a realização deste trabalho as orientações da professora orientadora Taíse F. C. Nishikawa, do tutor de sala Odair Nascimento, tutora eletrônica Fabiane Luzia Menezes e minha prima Luciana S. Santos, pós-graduada em Metodologia do Ensino Superior .
Quantos aos recursos materiais que foram utilizados lápis, caneta, borracha, folhas para fichamento, grampeador, computador, impressora, papel, os textos citados nas fontes anteriormente (disponiveis na internet), não geraram despesas, pois pertecem ao meu acervo pessoal.
Autoria: Lucival Santos

REFERENCIAS

“Educação Básica durante o Regime Militar”. Carolina Lobato, Celso de Almeida, Érica monteiro, Larissa Macedo, Marco Antônio, Mariana Disponível em:
http://www.uniblog.com.br/celsodealmeidamartins/328151/educacao-basica-durante-o-regime-militar.html
Acesso em outubro de 2009.
“História, cidadania e livros escolares de OSPB (1962-1964)”. Cleber Santos Vieira. Disponível em:
http://www.anpuh.uepg.br/xxiiisimposio/anais/textos/CLEBER%20SANTOS%20VIEIRA.pdf
“ O legado educacional do Regime Militar”. Derneval Saviani. Disponivel em: http://www.cedes.unicamp.br.
Acesso em outubro de 2009.
“Memórias e experiências de um curso de História na Ditadura Militar: mitos, rótulos e contradições”. Isaíde Bandeira Timbó. Disponível em: http://www.anpuh.uepg.br/xxiiisimposio/anais/textos/ISAIDE%20BANDEIRA%20TIMB%C3%93.pdf
Acesso em outubro de 2009.
“O Livro didático de Educação Moral e Cívica de Educação na Ditadura Militar 1964: A construção de uma disciplina.” Juliana Miranda Filgueiras. Disponível em:
http://www.faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivos/302JulianaMirandaFilgueiras.pdf
Acesso em outubro de 2009.
“O ensino de História nas séries iniciais do ensino Fundamental”. Maria Aparecida Quadro Borges. Disponível em:
http: www.unibstemg.br
Acesso em outubro de 2009.
“O ensino da Educação Moral e Cívica durante a ditadura militar. Nataly Nunes e Maria José de Rezende. Disponível em:
http://www2.uel.br/grupo-pesquisa/gepal/terceirogepal/natalynunes.pdf
Acesso em outubro de 2009.
“História e Poder Político: Perspectivas para o Ensino de História Hoje”. Paulo Hipolito. Disponível em:
http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao/historia-poder-politico-perspectivas-para-ensino-historia-.htm
Acesso em outubro de 2009.
“O Ensino de História Durante a Ditadura Militar”. Rosimary Plazza. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/956-4.pdf
Acesso em outubro de 2009.
SILVEIRA, João Batista da. A política de formação de professores durante o regime civil-militar: A criação de Licenciatura curta em Estudos Sociais/ João Batista da Silveira. – Campinas: PUC – Campinas, 2008.
“A Reestruturação do ensino de História durante a Ditadura Militar: Interlocução entre o discurso e a prática”. Tiago Henrique Klengel Biasotto Mendes. Disponível em:
http:// www.ristedbr.fae.unicamp.br
Acesso em outubro de 2009.
“Ditadura Militar – Resumo escolar”. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=c75PiUev0I8
Acesso em novembro de 2009.
“Brasil1 964 a 1989”. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=fAx50-XBFss
Acesso em novembro de 2009.

ANEXO

DECRETO 477 DE 26 DE FEVEREIRO DE 1969

Define infrações disciplinares praticadas por professores, alunos, funcionários ou empregados de estabelecimentos de ensino público ou particular, e dá outras providências.
Art 1o Comete infração disciplinar o professor, aluno, funcionário ou empregado de estabelecimento de ensino público ou particular que:
I – Alicie ou incite a deflagração de movimento que tenha por finalidade a paralisação de atividade escolar ou participe nesse movimento;
II – Atente contra pessoas ou bens, tanto em prédio ou instalações, de qualquer natureza, dentro de estabelecimentos de ensino, como fora dele;

LDB 5692 / 71
CAPÍTULO I
Do Ensino de 1º e 2º graus

Art. 1º O ensino de 1º e 2º graus tem por objetivo geral proporcionar ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realização, qualificação para o trabalho e preparo para o exercício consciente da cidadania.
Art. 2° O ensino de 1º e 2º graus será ministrado em estabelecimentos criados ou reorganizados sob critérios que assegurem a plena utilização dos seus recursos materiais e humanos, sem duplicação de meios para fins idênticos ou equivalentes.
Art. 3° Sem prejuízo de outras soluções que venham a ser adotadas, os sistemas de ensino estimularão, no mesmo estabelecimento, a oferta de modalidades diferentes de estudos integrados, por uma base comum e, na mesma localidade:
Art. 4º Os currículos do ensino de 1º e 2º graus terão um núcleo comum, obrigatório em âmbito nacional, e uma parte diversificada para atender, conforme as necessidades e possibilidades concretas, às peculiaridades locais, aos planos dos estabelecimentos e às diferenças individuais dos alunos.
Art. 7º Será obrigatória a inclusão de Educação Moral e Cívica, Educação Física, Educação Artística e Programas de Saúde nos currículos plenos dos estabelecimentos de lº e 2º graus, observado quanto à primeira o disposto no Decreto-Lei n. 369, de 12 de setembro de 1969.
Parágrafo único. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais dos estabelecimentos oficiais de 1º e 2º graus.
Art. 9º Os alunos que apresentem deficiências físicas ou mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados deverão receber tratamento especial, de acôrdo com as normas fixadas pelos competentes Conselhos de Educação.

CAPÍTULO II

Do Ensino de 1º Grau

Art. 17. O ensino de 1º grau destina-se à formação da criança e do pré-adolescente, variando em conteúdo e métodos segundo as fases de desenvolvimento dos alunos.
Art. 18. O ensino de 1º grau terá a duração de oito anos letivos e compreenderá, anualmente, pelo menos 720 horas de atividades.
Art. 19. Para o ingresso no ensino de 1º grau, deverá o aluno ter a idade mínima de sete anos.
Tanto o decreto 477 quanto a LDB 5692/71, mudaram o enfoque da educação brasileira. O decreto com características mais opressoras determinava as punições aos membros da escola quando cometiam uma infração (atitudes que incitem em movimentos contrários ao regime outorgado).Já, a LDB 5692/71primava uma formação educacional de cunho profissionalizante, incluindo-a no desenvolvimento econômico do país.

FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO ENSINO

A formação dos professores durante o período estudado, restringiu-se a instruir o professor “técnico”, sendo assim a preparação dos profissionais centrou-se nos conteúdos eminentemente de cunho técnicos, e não nos conteúdos pedagógicos, norteadores da prática de ensino. A formação centralizou-se nas exigências da nova política implementada.

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

Tendência Tecnicista 1960: Surge nos EUA cujos teóricos e técnicos passam a influenciar os países latino-americanos em vias de desenvolvimento, dentre eles o Brasil. O objetivo desta escola, montada a partir de um modelo empresarial é favorecer as implicações da sociedade industrial e tecnológica. A pesquisa e tecnologia educacional garantem a objetividade e eficácia na ação da escola. A “nova” orientação dada à educação representava a preocupação com o aprimoramento técnico e o incremento da eficiência e maximização dos resultados e tinha como decorrência a adoção de um ideário que se configurava pela ênfase no aspecto quantitativo, nos meios e técnicas educacionais, na formação profissional e na adaptação do ensino as demandas da produção industrial.
O ingresso desta vertente educativa deve-se principalmente ao acordo MEC-USAID.Essa perspectiva torna-se relevante aos anseios momentâneos da sociedade brasileira, onde há predominância dos interesses burgueses. Atrelada às requisições do capital internacional, a política expansionista norte-americana tinha como princípios a incorporação dos países periféricos ao seu ciclo econômico como produtores de matéria-prima e formadores de mercado consumido.
A preocupação com a disciplinarização do alunado demonstrada na Reforma Universitária (Lei nº 5692/71) também foi considerada e manifestou-se por meio do artigo 7º que regulamentou a obrigatoriedade das disciplinas de Educação Moral e Cívica e Educação Física nos ensino de 1º e 2º graus (BRASIL, 1971).